quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Conversa de Marujo..

Entramos á hora do café depois do jantar como de costume, desinibidos de preconceitos começámos a conversar, já bem regados de um vinho rosqueiro que nos servem ás refeições, mas isso não interessa, o que interessava era deixar irrigar o cérebro de pensamentos ,certezas, de experiências vividas, de fazer valer as palavras por elas mesmas, sem provas, clarificar as evidências que por vezes nos deixam dúvidas. Puxas te me pelo braço olhei para ti, reparei imediatamente que precisavas de falar, desabafar, por tudo cá para fora calei me resignei me a ouvir te amigo, acompanhei o teu raciocínio sem dúvidas, agora tudo estava claro para mim que eras desconhecido, descobri a raiz da tua carência, da tua chamada de atenção sempre presente…Afinal não és nenhum puto passaste por tanta merda como eu, mas sorris todos os dias não é? Como é que alguém consegue viver sem isto? Sem se conhecer, sem se dar a conhecer, custa me acreditar nos casulos que para aí andam que nunca chegaram a borboleta.Porquê? Porque é que as pessoas já não conversam? Resignam se a um sub entendimento uns dos outros á umas que ainda tentam procurar o porquê, acreditar que se alguém é como é não o será por acaso, sub entendem tudo, tiram juízos de valor que guardam para sempre, nunca dão o beneficio da dúvida preferem não perder tempo em conhecer os outros muitas vezes nem a eles próprios porque também não tiveram tempo nunca ninguém teve tempo para as ouvir. Será isto que nos reserva a paciência? Continuámos na conversa pela noite fora, eu e o “puto”, entretanto juntaram se mais umas almas carentes de conversa, caminhávamos em direcção ao tema do amor quando me decidi vir embora, ainda ouvi uns gritos de fundo a dizer”anda cá…também nunca nos contas nada” sorri entre-dentes para dar um ar sério e disse “prometo que um dia vos conto…mas agora não”. E agora o que é que eu vou contar?

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